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dezembro, 2019

A versatilidade do Drone

Categoria: Lançamentos | 11.dezembro.2019

Empresas dos Estados Unidos estão empregando aeronaves de pilotagem remota (drones) em números sem precedentes, à medida que seus usos avançam para além da fotografia aérea rumo ao mapeamento, coleta de dados e até rastreamento de suspeitos de crimes.

Com milhares de desenvolvedores agora criando apps para drones, em uma plataforma comum, a Administração Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos admitiu que subestimou severamente o número de drones comerciais em serviço. A organização antecipa agora que haja mais de 450 mil deles nos céus este ano, um total originalmente previsto para 2022.

Enquanto isso, analistas do banco Barclays estimam que o mercado mundial de drones comerciais crescerá em 1.000% ante os US$ 4 bilhões (R$ 16,7 bilhões) do ano passado, para US$ 40 bilhões (R$ 167,1 bilhões) dentro de cinco anos. Eles acreditam que o uso de drones resultará em uma economia de custos da ordem de US$ 100 bilhões (R$ 417,7 bilhões).

A ascensão do setor de drones comerciais surge no momento em que o mercado ao consumidor começa a parecer saturado. Tendo ganhado proeminência na década de 1980, inicialmente como tecnologia militar, os drones passaram por uma miniaturização na década de 2000, o que resultou em um mercado vibrante nos segmentos recreativo e de fotografia.

Agora, graças ao software e às grandes melhoras nas câmeras, sensores e tecnologia de processamento, a FAA diz que os drones comerciais parecem estar em “um ponto de inflexão, e à beira de demonstrar um forte estágio de crescimento”, que continuará “a se acelerar nos próximos anos”.

No setor de telecomunicações, onde trabalhadores precisam galgar postes traiçoeiros para conduzir inspeções, os drones estão sendo usados como recurso para realizar as observações necessárias do ar.

Em companhias petroleiras e de gás natural, as aeronaves sem piloto estão sendo usadas para conduzir as inspeções mensais de oleodutos, em substituição ao uso de helicópteros, cujas tripulações custam US$ 2,5 mil (R$ 10,4 mil) por hora de voo.

Em outros mercados, drones estão gerando dados sobre o clima, monitorando fronteiras, ajudando corpos de bombeiros a avaliar danos e auxiliando equipes táticas da polícia a rastrear suspeitos.

Para a principal fabricante mundial de drones comerciais, a DJI, sediada em Shenzhen, com uma participação estimada em 70% do mercado mundial, o mercado comercial está na mira dede 2017.

Primordialmente uma fabricante de drones recreativos, suas tecnologias foram aproveitadas inesperadamente por soldados americanos, no final da década de 2000, antes que o uso de seus produtos fosse proibido devido a preocupações quanto à segurança cibernética, o que forçou a empresa a mudar o foco de sua estratégia.

Mas o rápido crescimento do mercado e a multidão de novas aplicações apanharam de surpresa até mesmo a líder do mercado. As compras comerciais trouxeram expansão de 80% aos negócios da DJI no ano passado, mas a companhia nem sempre tinha em vigor os padrões e estruturas necessários a servir aos propósitos delicados de agências governamentais como o Departamento do Interior americano, que opera a maior frota de drones do país e usa produtos da DJI.

“Estamos encontrando um problema: o produto não foi projetado para atender às necessidades deles”, disse Mario Rebello, gerente regional da DJI na América do Norte, em um evento chamado DJI Airworks, em setembro. “Estamos sendo julgados pelas autoridades decisórias, pelos profissionais e pelos legisladores e outros, que desejam um produto que satisfaça aos seus padrões. Mas somos uma companhia que fabrica produtos de consumo”.

Outras empresas, porém, chegaram ao mercado de drones comerciais quase que por acidente, enquanto isso, e estão se adaptando a novas aplicações empresariais que os fabricantes nem consideraram, nem previram.

(com informações de Financial Times e Folha de São Paulo)

Projeto ensina a construir drones para restaurar o ecossistema

Categoria: Lançamentos | 09.dezembro.2019

Foi realizado no mês de novembro, durante quatro dias, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) participou em Rondonópolis (distante 214 km de Cuiabá), de uma imersão tecnológica sobre semeadura de áreas florestais com o uso de drones.

Os participantes aprenderam a desenvolver o drone de código aberto, desde a montagem de peças até a instalação de programas para o mapeamento aéreo.

A iniciativa é da Universidade Federal de Mato Grosso que trouxe ao Brasil pela primeira vez o projeto “Dronecoria”, do artista espanhol Lot Amorós, que associa inovação, sustentabilidade e reflorestamento ao uso de drones inteligentes para a restauração de ecossistemas.

Paralelamente, aconteceu uma oficina de preparação das sementes para serem colocadas no drone e dispersadas em campo.

O assessor da Diretoria Assistência Técnica e Gerencial do Senar, Rafael Costa, que participou das atividades, explica que a tecnologia utilizada no Drone OpenSouce disponibiliza recursos para que qualquer pessoa construa o equipamento com materiais simples, como madeira cortada a laser, plástico de alta resistência e componentes eletrônicos.

“Esse drone pode semear 1 hectare em 10 minutos. Com o avanço da inteligência artificial, uma pessoa conseguirá coordenar o trabalho de vários drones em uma mesma área. Nesse caso, podemos considerar que em 1 hora de trabalho será possível realizar reflorestação de grandes áreas. Esse é o grande passo da evolução tecnológica no campo”, observou Rafael.

O drone construído na imersão tecnológica tem capacidade para voar com 10kg de sementes. De acordo com o tamanho da semente, podem ser dispersadas até 500 mil unidades em um único voo.

Entrega de medicamentos por drone acontece em São Paulo

Categoria: Lançamentos | 04.dezembro.2019

Os drones estão invadindo todas as áreas do mercado. Dessa vez a indústria farmacêutica buscou ampliar e agilizar o acesso a medicamentos e contribuir para reimaginar a logística na indústria farmacêutica, a Novartis, em parceria com a RD – RaiaDrogasil, realizou, no início de novembro, teste de entrega de fármacos utilizando drones.

“O uso de drones para entregas de medicamentos inaugura uma nova era para a logística de fármacos, uma vez que possibilita a ampliação do acesso em áreas remotas e mais agilidade no fornecimento, com possível redução de impacto ambiental e do tempo de entrega”, explica Jorge Ryzwaniuk, Head de Supply Chain da Novartis – Brasil.
O modelo de drone selecionado pelas duas companhias foi DJI Matrice 200 e o local escolhido foi a cidade de Embu das Artes (SP), onde ficam os centros de distribuição de medicamentos da Novartis e da RD – RaiaDrogasil. Após autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o voo ocorreu em área de mata, sem residentes, conforme a legislação atual.
“Nove milhões. Esse é o número aproximado de pacientes atualmente atendidos pela Novartis. Sabemos que o uso de drones para distribuição de medicamentos ainda não está regulado na legislação brasileira, mas entendemos que é uma inovação necessária e que poderá beneficiar milhares de moradores de áreas remotas do país”, complementa Ryzwaniuk.

Após análise das condições climáticas, o drone percorreu uma distância de quase 2 km, a uma velocidade de 30 km/h em quase 5 minutos, tendo seu trajeto monitorado em tempo real, com alterações de rotas ou cancelamento da operação sendo possíveis de serem realizadas a qualquer momento, assegurando assim a segurança do teste.
“A RD é uma empresa conectada com as mudanças que vem ocorrendo no setor farmacêutico e, ao lado da Novartis, pensa sempre em tudo o que pode melhorar a vida do consumidor e suas experiências de compra. Nosso foco é colocar os clientes no centro do negócio, por isso vemos muita sinergia com este projeto”, afirma o diretor de logística da RD, Erivelton Marcos de Oliveira.

O teste, apesar de bem-sucedido, é ainda o primeiro passo nessa trajetória. Um grupo de trabalho formado por profissionais da área jurídica e de supply da Novartis e por demais profissionais de empresas parceiras tem a missão de avaliar e propor possíveis ações que assegurem a viabilidade deste tipo de iniciativa em larga escala. O teste realizado comprova a possibilidade e provoca os players e a sociedade brasileira a ter um debate mais profundo sobre as oportunidades e os desafios das entregas com veículos não-tripulados, os chamados drones.

Regras para uso de drone no Brasil
A regulamentação do espaço aéreo apresenta normas e restrições para o uso de aeronaves remotamente pilotadas (RPA). É proibido pilotar drones sobre pessoas, exceto quando elas autorizam. No caso de não ter a autorização, o drone deve manter uma distância de 30 metros das pessoas. Quando as RPAs forem voar acima dos 121 metros, os pilotos precisarão ter licença e habilitação, além de serem maiores de idade. As autorizações para pilotar drones são emitidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).