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iFood quer usar drone para delivery de comida sem cortar o entregador


O iFood já faz entregas com motos, bicicleta, patinetes e até a pé. O maior aplicativo de delivery de comida do Brasil quer agora entregar refeições pelo ar. Em breve, usará drones para transportar encomendas de restaurantes até a casa de clientes. Mas não espere ver cenas como a de filmes futuristas em que aeronaves não tripuladas praticamente batem à porta das pessoas. O plano do iFood é que os drones percorram parte do caminho e os entregadores façam o resto do trabalho, afirmou a Tilt o CEO da empresa, Carlos Moyses.

Os veículos aéreos não tripulados (vants) serão usados para expandir o alcance do iFood a regiões que, pela distância, sejam pouco atrativas a entregas com motocicletas ou bicicletas. A operação está sendo desenhada para que as máquinas não substituam seres humanos, diz Moyses, mas para que trabalhem juntos. “Entregadores fazem parte do nosso dia a dia.” O executivo descreve como será a primeira operação com drones. Ainda em fase de teste, ela ocorrerá no shopping Iguatemi, de Campinas, em São Paulo. Para adotar os drones, o iFood trabalha em parceria com a SpeedBird, uma empresa que desenvolve sistemas aéreos para transporte de produtos sediada em Franca (SP).

Em contato com a Agência Nacional da Aviação Civil, as companhias traçaram duas rotas aéreas — elas são espécies de rodovias aéreas pelas quais aeronaves de todos os tamanhos podem trafegar. Uma dessas vias liga dois lados opostos do shopping. A outra, mais complexa, conecta o estabelecimento até um condomínio a 5 km de distância e passa por cima de uma região de floresta.

Na prática, vai funcionar assim: quando um morador do conjunto habitacional pedir pelo iFood algo a um restaurante do shopping, a comida será levada para o aeroporto de drone, que fica no topo do prédio comercial; de lá, a aeronave já abastecida decolará e irá até o condomínio, mas não viajará até a casa do cliente; pousará em uma área próxima a um ponto de concentração de entregadores; a partir dali, serão eles quem transportarão a comida até o destino final, ou seja, até a porta dos clientes.

O drone usado foi criado pela empresa francana, tem capacidade de carregar 2 kg, chega a 50 km/h e pode fazer sobrevoos automatizados — basta inserir as coordenadas do local de partida e de destino. É esse tipo de voo que o iFood espera executar: voos em que as ações dos drones são configuradas previamente, mas acompanhadas por pilotos que podem intervir a qualquer momento.