A Marinha Real Britânica assinou um contrato com uma empresa do mesmo país para a criação de um submarino autónomo que será o maior drone subaquático do mundo. Ao prescindir de tripulação, o veículo poderá transportar uma “quantidade substancial de armas”.
Segundo avançou o News Week, o contrato para a construção do XLUUV (veículo subaquático não tripulado extra grande) – que mede cerca de 90 metros de comprimento e tem capacidade para transportar armas – foi adjudicado ao fabricante britânico MSubs Ltd, especializado na construção de submersíveis militares e científicos.
O drone da Marinha Real terá quase o dobro do tamanho do drone Boeing Orca XLUUV – quatro dos quais foram comprados em 2019 pela Marinha dos Estados Unidos (EUA).
No caso do XLUUV, a Marinha britânica vai aproveitar o facto de não necessitar de espaço para tripulação para transportar uma quantidade substancial de armas, como torpedos e minas, noticiou o News Week.
O anúncio da compra foi feito esta quinta-feira pelo chefe da Marinha do Reino Unido, o almirante Anthony Radakin, numa conferência em Southampton, na Inglaterra. Entre os participantes, estavam representantes da NATO e empresas de defesa de diversos países.
O novo veículo terá um alcance de cerca de 5550 quilómetros, ou 3.000 milhas náuticas, sugerindo que, provavelmente, não será alimentado apenas por baterias.
“Estou realmente empolgado com as possibilidades que isso oferece para aumentar o nosso alcance e letalidade, melhorar a nossa eficiência”, disse Radakin na conferência.
“Precisamos de estar à frente dos nossos adversários. É por isso que a Marinha Real está a passar por um período de transformação”, indicou, acrescentando que o país se está a concentrar em “aumentar a vantagem operacional no Atlântico Norte”, em “modernizar os fuzileiros navais” e em “adotar tecnologia e inovação de uma maneira muito melhor”.
É possível que o design do recém-adquirido XLUUV da Marinha Real tenha como base um submersível existente construído pelo MSubs que já esteja a ser utilizado por aquele força.
Fonte: zap.aeiou.pt
