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Mercado de drones no Brasil esbarra em regulamentação


O mercado de drones no Brasil está em estágio incipiente, embora já seja amplamente utilizado em uma série de segmentos da economia, como agronegócios, segurança e infraestrutura. Há uma grande gama de recursos que podem ser explorados em áreas como saúde e até mesmo no comércio, com entregas de produtos. A DroneShow, que acontece até amanhã (27), em São Paulo, mostra como o segmento é amplo e com potencial de crescimento.

Há, contudo, um grande entrave: regulamentação. No Brasil, a estimativa da organização de que existem no Brasil cerca de 100 mil drones, número que pode ser subestimado. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que regulamenta o setor, reconhece 70 mil aeronaves portáteis cadastradas em seu sistema, e destas, 35% são registradas para uso profissional. Ou seja, há – se considerarmos os números fornecidos pela organização como verdadeiros – pelo menos 30 mil drones voando pelo país sem a chancela da entidade.

A Anac monitora a atividade há dois anos, quando os drones não eram tão populares e acessíveis como são hoje. Existe um portal em que o proprietário do dispositivo pode entrar, fazer seu cadastro e operar dentro das regras. Quem opera um drone sem o aval da agência não tem o exato conhecimento das regras normas do setor. A autarquia entende, contudo, que é o momento de ampliar o escopo de atividades regulamentadas.

Ascensão

Apesar da falta de regulação das aeronaves não tripuladas, o mercado é promissor. Há exemplos de drones policiais – o governo de São Paulo está investindo no setor – , que utilizam tecnologia para ajudar a identificar criminosos, como o modelo desenvolvido por estudantes da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que apostam no reconhecimento facial para auxiliar no combate ao crime.

Mapeamento de áreas é outro setor com demanda crescente. Especialmente em áreas críticas, como as afetadas pelo rompimento de barragem – caso de Brumadinho (MG) – o equipamento é fundamental para o estudo da área e tomada de decisão.

Agronegócio domina; e preços podem baixar

Diferente do que é o senso comum, a área de audiovisual representa uma fatia menor do mercado de drones no país. O agronegócio domina o segmento, que também tem forte presença nas áreas de engenharia – inspeções de obras e de fachadas – e a parte de mapeamento.

Por conta de seus sofisticados usos, sistema e câmeras utilizados pelos drones são tão importante quanto a própria aeronave. Por isso, a tendência é uma inversão de valores: enquanto o drone deve ficar cada vez mais barato, os equipamentos e sistemas deverão ganhar incrementos e maior valor. Essa é a previsão de Emerson Granemann, idealizador do evento.